quinta-feira, 6 de abril de 2017

Três perguntas que convém fazer antes de acusar o Governo sírio do ataque químico em Idlib


3 preguntas que conviene hacerse antes de acusar al Gobierno sirio del ataque químico

Após o ataque na província de Idlib, o Ocidente se apressou a responsabilizar o governo de Bashar al Assad, pelo que aconteceu, coisa que o exército sírio nega veementemente. No entanto, sugerimos que antes de tirar conclusões apressadas convém responder algumas perguntas:

  • Quem se beneficia com esta situação (pós ataque)?
  • O governo sírio tinha algum motivo para este tipo de ataque?
  • Por que o ataque ocorreu neste momento em particular?

Esta é a opinião de alguns analistas:


 "Os únicos que se beneficiaram do ataque são os rebeldes"

Charles Shoebridge, analista de segurança britânico e especialista na luta contra o terrorismo, argumenta em declarações a RT que os rebeldes são os únicos que "se beneficiaram com o incidente", porque assim "eles obtém  vantagem política importante em um momento em que estão lutando no campo  estratégico e geopolítico".
O analista expôs  que as forças do governo sírio, na verdade, não tinham nenhuma razão para levar a cabo este ataque, já estão "em um processo de vitórias importantes" sobre os grupos de oposição armados e terroristas em todo o país, enquanto um ataque deste tipo só iria causar "condenação da comunidade mundial", além de ser absolutamente ineficaz do ponto de vista militar.
Shoebridge também enfatiza o momento do ataque, que ocorreu dias antes de uma importante conferência sobre a Síria, em Bruxelas, co-presidida pela ONU e os governos da Alemanha, Kuwait, Noruega, Qatar e Reino Unido, com foco no "apoio a uma solução política duradoura  para o conflito sírio através de um processo de transição política inclusivo e liderado pela Síria sob os auspícios da ONU ", segundo o site oficial da Comissão Europeia.
De acordo Shoebridge na Síria já ocorreram, no passado, incidentes semelhantes na véspera de alguns importantes eventos internacionais. Neste sentido, lembra o ataque químico em massa infligido à cidade síria de Ghouta em 2013, ocorrido  justo  quando "os inspetores da ONU estavam chegando em Damasco",  mesmo aconteceu em setembro 2016 quando um ataque químico foi registrado  na véspera da "grande conferência em Londres, onde a oposição síria se reuniu com doadores estrangeiros".
O exército sírio não tinha nenhuma motivo

Ammar Waqqaf, especialista em Oriente Médio, também acredita que "sempre que há uma espécie de conferência internacional sobre a Síria temos,de repente, esses ataques químicos." Waqqaf aponta para RT que não há nenhuma prova ou evidência que demonstre o exército sírio  por trás do ataque, que se junta o fato de que o governo de Bachar não tem nenhum motivo para fazê-lo.
"Por que o pressuposto que o exército sírio só ataca os civis com essas armas químicas? Por que não atacam  esses enxames de jihadistas?" Se pergunta o  analista acrescentando que se as forças do Estado sírio não usam armas químicas nem  contra os terroristas como o Estado islâmico "por que haveria de  usá-las contra civis neste momento determinado?"
"Por que os ataques do exército sírio apenas civis com essas armas químicas? Por que não atacar todos esses enxames de jihadistas?" O analista pediu para acrescentar que, se as forças do governo não estão usando armas químicas, mesmo contra terroristas como o Estado islâmico "por que usá-los contra civis em um determinado momento?"
"Acontece é que eles (os mercenários) estão perdendo"

Na mesma linha se expressa, Robert Inlakesh, pesquisador e analista político em Sydney, Austrália, que em declaração a Press TV assegura que os chamados rebeldes moderados apoiados pelo Ocidente utilizam  tragédias como a ocorrida em  Idlib para encobrir seus crimes contra o povo sírio e culpar Damasco "toda e cada  vez que eles começam a perder uma batalha."
O analista recordou que os milicianos  têm usado várias vezes a tática de lançar ataques químicos contra civis para provocar sentimentos a escala global e acumular mais pressão sobre o governo de Damasco, e que cada vez que isso aconteceu foi precisamente quando  estavam perdendo.
"O que acontece é que eles (mercenários) estão perdendo agora", acrescentou o analista, referindo-se à derrota dos mercenários na feroz batalha em Alepo".
 

 Frear a cooperação russa e parar o avanço do Exército sírio

Por sua parte, o analista Igor Dimitriev escreve em um artigo publicado pelo jornal russo 'Vzgliad'  que se trata de "uma provocação", elaborada por uma unidade de propaganda da Frente Al-Nusra, a fim de deter o avanço do exército sírio em Idlib e "minar a cooperação emergente" com a Rússia e os EUA na luta contra grupos terroristas.

 O especialista lembrou que os Capacetes Brancos foram acusados em várias ocasiões de participar de vídeos de propaganda falsos e de ligações com  as organizações terroristas.
Por outro lado, Dimitriev destaca o incidente envolvendo um líder da oposição síria Muhammad Alush, que postou em seu Twitter a recomendação de não  enterrar as vítimas do ataque imediatamente após a perda de sinais de vida,  já que as pessoas intoxicadas por tais gás venenoso  voltam a si, muitas vezes após cinco horas.  Quando nos comentários foi perguntado como poderia saber que tipo de material foi usado no ataque, a mensagem foi removida.


 https://actualidad.rt.com/actualidad/235130-ataque-quimico-siria-responsable-beneficiarse

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