segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Povo do Yemen sofre a barbarie da guerra imperialista


 Nota do Blog: A situação trágica do povo do Yemen reflete mais uma vez o jogo dos interesses das grandes corporações capitalistas no Mundo Árabe, capitaneados pelos EUA e Israel que movem seus exércitos mercenários e países locais aliados, como a Arábia Saudita, para saquear as riquezas e dominar  o território. O texto abaixo é um pequeno resumo de mais essa  tragédia para os povos yenemita.

 Iemenitas, sauditas entre atentados e ameaças terroristas

 Yemenitas entre bombardeos sauditas e ameaças terroristas
Rasoul Goudarzi / Resumo Oriente Médio / HispanTV, 07 de setembro de 2016 - 
Todos os dias são produzidas novas notícias sobre Yemen, desde a destruição e deslocamento até a morte de civis, crianças e mulheres.
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que a guerra, que começou em março de 2015, já deixou cerca de 10.000 mortos, a maioria dos quais são civis.
No artigo a seguir, vamos analisar diferentes aspectos da crise no país mais pobre do mundo árabe, desencadeada pelo bombardeio da Arábia Saudita  e  pelas ameaças  terroristas do EIIL (Daesh, em árabe) e Al-Qaeda.
Origens da crise no Iêmen
Em 26 de Março de 2015, a Arábia Saudita e seus aliados Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Egito, Senegal e Sudão, entre outros, lançaram uma invasão contra o Yemen. O objetivo era restaurar o poder de Abdu Rabu Mansur Hadi, e eliminar o movimento popular Ansarolá. O resultado da invasão é impactante. O diretor do  Escritório das Nações Unidas no Yemen, Jamie McGoldrick, anunciou que a guerra deixou pelo menos 10.000 mortos, mas especifica que os dados são baseados em números fornecidos pelos hospitais, indicando que a dimensão do tragédia pode ser muito maior, porque, infelizmente, muitas das áreas que são alvo de ataques não têm hospitais, centros de saúde ou qualquer outro lugar onde se possa  atender aos feridos, nem condições de contabilizar o número de vítimas. O diretor  enfatizou que o conflito desalojou 3 milhões de pessoas, enquanto outros 200.000 foram forçados a procurar refúgio no exterior. A esta tragédia  deve ser adicionado os 18 milhões que precisam de ajuda humanitária urgente e um milhão de crianças que lutam para sobreviver.
Além do bombardeio que destruiu o país e fez o povo yemenita perder a esperança de um futuro,  a sombra do terrorismo paira sobre este território.
 A situação geopolítica e geoestratégica no Yemen é de extrema importância para os extremistas de Al-Qaeda. O país está no coração do mundo islâmico e tem imensos recursos naturais, bem como é próximo dos lugares sagrados e importantes dos muçulmanos; Meca e Medina na Arábia Saudita. Estes são fatores muito importantes para salafistas, por que eles consideram o Yemen como o berço do que eles denominam de "califado islâmico".
Neste contexto, deve-se assinalar que o caos  reinante no país árabe,  os terroristas da Al Qaeda estabeleceram um pequeno império na província  de Al Mukalla, onde  levantaram cerca de US $ 100 milhões de dólares originários dos roubos em bancos e impostos que cobram dos comerciantes. Além  dos 1,4 milhões de dólares da companhia nacional de petróleo do Yemen.  Al Mukalla é considerada a capital da Al-Qaeda.
Além de Al-Qaeda, Daesh não tem poupado esforços para aumentar sua influência no Yemen. No início de 2015 e em abril do mesmo ano  lançou um vídeo em que  içou sua bandeira na capital yemenita SanáPor agora, este grupo terrorista está muito ativo no centro, sul e leste do país árabe, e se esforça para ganhar o controle da maior parte da província de Shabu e estabelecer a sua sede no sul do Yemen.
Passividade dos organismos "competentes"
Ao estudar o fundo da crise no Yemen, percebemos o apoio que está recebendo o agressor por parte das organizações competentes. Na verdade, desde o início da invasão saudita, não houve uma única resolução contra Riad por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), nem mesmo houve sanções ou medidas de pressão da União Europeia ( UE), EUA, e outros países e blocos que se autoproclamam guardiões dos direitos humanos. Ao contrário, a situação é ainda pior se considerarmos que durante a agressão ao Yemen, disparou  a venda de armas e apoio financeiro e logístico de parte de vários países europeus, incluindo Reino Unido, França e Alemanha. O jornal britânico The Guardian, em um artigo publicado em setembro passado, revelou que Londres emitiu cerca de 40 licenças para exportações de armas para a Arábia Saudita, logo após o início dos ataques.Além disso, o centro de estudos IHS publicou um documento que indicava Riad como o primeiro comprador de armas do mundo, sendo os Estados Unidos o seu principal fornecedor.
Estes dados mostram claramente por que  não se pressiona  a Arábia Saudita, apesar dos inúmeros crimes que estão sendo cometidos tanto dentro como fora do seu próprio país,desde a  repressão dos xiitas e o exercício de um sistema totalitário no seu território ao financiamento de terroristas no Oriente Médio e os ataques contra Yemenitas.
A realidade do Yemen nos leva à seguinte conclusão: quem possui grandes somas de dinheiro e beneficia os interesses políticos e econômicos das superpotências pode cometer todos os tipos de crimes e delitos sem responder por eles a nenhum organismo internacional; ali os direitos humanos não são lembrados. Portanto, não se deve esperar a paz ou pelo menos um fim que responda  à vontade de yemenitas.
http://www.resumenmediooriente.org/2016/09/07/yemenies-entre-bombardeos-saudies-y-amenazas-terroristas-2/

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