quarta-feira, 26 de novembro de 2014

COMITÊ ORGANIZADOR DOS JOGOS OLÍMPICOS DA RIO 2016 FECHA CONTRATO COM EMPRESA ISRAELENSE ENVOLVIDA COM OS CRIMES DA OCUPAÇÃO SIONISTA NA PALESTINA E COM DITADURAS E OS GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA



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Fora ISDS!
ISDS - Símbolo dos crimes contra o povo palestino e os povos latino-americanos
A Rio2016 e a ISDS
No dia 22 de outubro o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016  anunciou a escolha da empresa israelense ISDS como empresa “integradora” da segurança dos Jogos Olímpicos. A mídia informa que o contrato prevê:
        como “integradora” de todo o sistema de segurança (gastos totais de 2,2 bilhões de dólares), a ISDS vai criar os planos de “segurança” e monitoramento que serão implementados em toda a cidade durante os Jogos (talvez depois). A ISDS vai treinar o pessoal de “segurança” e fornecer equipamentos de controle como escaners e outros. 
        a logomarca da ISDS vai ocupar um espaço publicitário durante a Rio2016 no valor de 20 milhões de reais.
        O vice-presidente da ISDS Ron Shafran explica que a ISDS vai oferecer soluções a problemas de “inteligência”, “controle de multidão”, segurança de grandes espaços etc.
O vice-presidente da ISDS Ron Shafran também comenta que "já contamos com equipes que atam no Brasil, e que atuaram extraoficialmente (sic!) aí durante a Copa do Mundo no verão passado”.

Empresa-líder de crimes contra a humanidade
Missão e serviços

Fundada no 1982, a ISDS se orgulha do fato de ter sido fundada por ex-agentes do Mossad. O fundador e diretor até hoje é Leo Gleser, um ex-coronel das forças armadas israelenses. Diz-se que entre as pessoas com as quais a ISDS trabalhou no passado estão figuras como Gerard Lachtanian, um traficante de armas armênio envolvido,  entre outros,  no golpe em Honduras em 1984; Yehuda Leitner e Emile Sa'ada,  ex-membros do exército israelense, que muitos dizem ter desempenhado um papel no caso Irã-Contras. Zelaya, o presidente de Honduras, informa que as armas utilizadas pelos golpistas, fornecidas pela ISDS, foram entregues por empresas de Yehuda Leitner.

Numa carta de apresentação para os militares da Guatemala de 30 de abril de 1985, Sammy Sapyr, então diretor do escritório guatemalteco da ISDS, descreveu que os serviços da empresa incluem: treinamento antiterrorismo, formação de "esquadrões" antiterrorismo, vigilância eletrônica e coleta de informações, bem como a venda de armas como helicópteros e aviões. Ele ofereceu também um curso de "terrorismo seletivo" sob a rubrica geral "a formação dos militares." Além disso, a ISDS especializou-se em interrogatórios e supervisão de prisioneiros na América Latina; no contexto das ditaduras a ISDS atuou, isso significa tortura e detenção ilegal.

A empresa está vinculada ao Estado de Israel e faz parte do sistema de intervenção militar israelense. Yossi Melman explica o funcionamento desse sistema num artigo escrito para o jornal israelense Haaretz: "O Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores ou o Mossad recebem um pedido para fornecer consultoria de segurança ou para treinar as forças militares e de segurança para o governante de um país, geralmente um tirano. Como as autoridades não podem ou não vão ajudar o presidente diretamente, veem o seu pedido tão importante para promover a segurança e os interesses políticos, pedem a uma empresa privada prestar os serviços solicitados”.

E, de acordo com Carl Fehlandt, um ex-vendedor de armas da ISDS na Guatemala entre 1982 e 1986, “o governo israelense controla a ISDS e quem dá as cartas é o Ministro da Defesa".

Operações e experiências na América Latina
Segundo relatos da mídia, somente na América Latina a ISDS esteve envolvida pelo menos no apoio das seguintes ditaduras e dos seguintes golpes:
        Honduras:
            Entre 1981 e 1984, a ISDS formou em Honduras tanto aa guarda pessoal do presidente Roberto Suazo Córdova como os homens do general Gustavo Álvarez Martínez, chefe das Forças Armadas e promotor da guerra suja contra a esquerda hondurenha. Gleser, da ISDS, contratou os ex-membros do IDF (exército de Israel) Yehuda Leitner e Emile Sa’ada para ajudar a treinar os membros de notório Batalhão 316 de Gustavo Alvarez Martinez, esquadrão da morte privado do general.
            A ISDS é acusada de estar envolvida no desaparecimento de 191 pessoas durante o golpe contra o presidente Zelaya. Além disso, a ISDS é acusada de ter fornecido as armas a Yehuda Leitner que depois foram utilizadas contra a embaixada brasileira.

        El Salvador: Autorizada pelo governo israelense, a ISDS teria fornecido instrutores e vendido material militar ao governo de El Salvador para formar unidades especiais contra a guerrilha de esquerda.

        Guatemala: Além da carta de apresentação da ISDS aos militares guatemaltecos reproduzida na mídia, o mesmo general Rios Montt declarou a um repórter da rede de televisão ABC que o golpe que o levou ao poder tinha sido tão bem-sucedido "porque muitos dos nossos soldados foram treinados pelos israelenses."

        Nicarágua: O geral hondurenho Walter López Reyes informou que os homens da ISDS treinaram os Contras nicaraguenses na base de Tamara, perto de Tegucigalpa.

        Venezuela: A ISDS forneceu serviços de segurança a empresas de petróleo venezuelanas pouco tempo antes do golpe fracassado de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.

        Brasil: A ISDS foi acusada de ter fornecido armas a Yehuda Leitner que foram utilizadas contra a embaixada do Brasil em Honduras, onde se refugiou o presidente Zelaya. Com uma tecnologia nova, as armas provocaram diarreia, vômitos, hemorragias nasais e problemas gastrointestinais. A ISDS também está fornecendo serviços de “segurança” à Petrobrás e a Itaipu.
Os jornalistas Peru Egurbide e Ferran Sales afirmam que a ISDS também atuou também no México, no Pere e no Equador, neste último pais durante o governo de León Febres Cordero.
Considerando para quem trabalhou, o fato de Leo Gleser dizer que “Nunca rompi a lei”, vale muito pouco.

Fontes:
As informações foram extraídas das seguintes páginas web:

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