Campanha Palestina contra o Muro do Apartheid - Stop the Wall
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Fora ISDS!
ISDS - Símbolo dos crimes contra o povo palestino e os povos
latino-americanos
A
Rio2016 e a ISDS
No dia 22 de outubro o Comitê Organizador dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 anunciou a
escolha da empresa israelense ISDS como empresa “integradora” da segurança dos
Jogos Olímpicos. A mídia informa que o contrato prevê:
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como “integradora”
de todo o sistema de segurança (gastos totais de 2,2 bilhões de dólares), a ISDS vai criar os
planos de “segurança” e monitoramento que serão implementados em toda a cidade
durante os Jogos (talvez depois). A ISDS vai treinar o pessoal de “segurança” e
fornecer equipamentos de controle como escaners e outros.
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a
logomarca da ISDS vai ocupar um espaço publicitário durante a Rio2016 no valor
de 20 milhões de reais.
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O
vice-presidente da ISDS Ron Shafran explica que a ISDS vai oferecer soluções a
problemas de “inteligência”, “controle de multidão”, segurança de grandes
espaços etc.
O vice-presidente da ISDS Ron Shafran também
comenta que "já contamos com equipes que atam no Brasil, e que atuaram
extraoficialmente (sic!) aí durante a Copa do Mundo no verão passado”.
Empresa-líder de crimes contra a humanidade
Missão
e serviços
Fundada no 1982, a ISDS se
orgulha do fato de ter sido fundada por ex-agentes do Mossad. O fundador e
diretor até hoje é Leo
Gleser, um ex-coronel das forças armadas israelenses. Diz-se que entre as
pessoas com as quais a ISDS trabalhou no passado estão figuras como Gerard Lachtanian, um
traficante de armas armênio envolvido,
entre outros, no golpe em
Honduras em 1984; Yehuda Leitner e Emile Sa'ada, ex-membros do exército israelense, que muitos
dizem ter desempenhado um papel no caso Irã-Contras. Zelaya, o presidente de
Honduras, informa que as armas utilizadas pelos golpistas, fornecidas pela
ISDS, foram entregues por empresas de Yehuda Leitner.
Numa
carta de apresentação para os militares da Guatemala
de 30 de abril de 1985, Sammy Sapyr, então diretor do escritório
guatemalteco da ISDS, descreveu que os serviços da
empresa incluem: treinamento antiterrorismo, formação de "esquadrões" antiterrorismo,
vigilância eletrônica e coleta de informações, bem como a venda de armas como
helicópteros e aviões. Ele ofereceu também um curso de "terrorismo seletivo" sob a rubrica geral "a
formação dos militares." Além disso, a ISDS especializou-se em interrogatórios e
supervisão de prisioneiros na América Latina; no contexto das ditaduras
a ISDS atuou, isso significa tortura e detenção ilegal.
A empresa está vinculada ao Estado de Israel e faz
parte do sistema de intervenção militar israelense. Yossi Melman explica
o funcionamento desse sistema num artigo escrito para o jornal israelense Haaretz: "O
Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores ou o Mossad recebem um pedido para fornecer consultoria de segurança ou para treinar as forças
militares e de segurança para o governante de um país, geralmente um tirano.
Como as autoridades não podem ou não vão ajudar o presidente diretamente, veem o
seu pedido tão importante para promover a
segurança e os interesses políticos, pedem
a uma empresa privada prestar os serviços solicitados”.
E, de acordo com Carl Fehlandt, um
ex-vendedor de armas da ISDS na Guatemala entre 1982
e 1986, “o governo israelense controla a
ISDS e quem dá as cartas é o
Ministro da Defesa".
Operações e experiências na América Latina
Segundo relatos da mídia,
somente na América Latina a ISDS esteve envolvida pelo menos no apoio das
seguintes ditaduras e dos seguintes golpes:
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Honduras:
∙
Entre 1981 e 1984, a ISDS formou em Honduras tanto aa guarda
pessoal do presidente Roberto Suazo Córdova como os homens do general Gustavo
Álvarez Martínez, chefe das Forças Armadas e promotor da guerra suja contra a
esquerda hondurenha. Gleser, da ISDS, contratou os ex-membros do IDF (exército de Israel)
Yehuda Leitner e Emile Sa’ada para ajudar a treinar os membros de notório ‘Batalhão 316’ de Gustavo Alvarez Martinez, esquadrão da
morte privado do general.
∙
A ISDS é acusada de estar envolvida no
desaparecimento de 191 pessoas durante o golpe contra o presidente Zelaya. Além
disso, a ISDS é acusada de ter fornecido as armas a Yehuda Leitner que depois
foram utilizadas contra a embaixada brasileira.
∘
El
Salvador: Autorizada
pelo governo israelense, a ISDS teria fornecido instrutores e vendido material
militar ao governo de El Salvador para formar unidades especiais contra a guerrilha
de esquerda.
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Guatemala: Além da carta de
apresentação da ISDS aos militares guatemaltecos reproduzida na mídia, o mesmo general Rios Montt declarou a um repórter da rede de televisão ABC
que o golpe que o levou ao poder tinha sido tão bem-sucedido "porque
muitos dos nossos soldados foram treinados pelos israelenses."
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Nicarágua: O geral hondurenho Walter López Reyes informou
que os homens da ISDS treinaram os Contras nicaraguenses na base de Tamara,
perto de Tegucigalpa.
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Venezuela:
A ISDS forneceu serviços de
segurança a empresas de petróleo venezuelanas pouco tempo antes do golpe
fracassado de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.
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Brasil: A ISDS foi acusada de ter fornecido armas a Yehuda Leitner
que foram utilizadas contra a embaixada do Brasil em Honduras, onde se refugiou
o presidente Zelaya. Com uma tecnologia nova, as armas provocaram diarreia, vômitos, hemorragias nasais e
problemas gastrointestinais. A
ISDS também está fornecendo serviços de “segurança” à Petrobrás e a Itaipu.
Os jornalistas Peru Egurbide
e Ferran Sales afirmam que a ISDS também atuou também no México, no Pere e no
Equador, neste último pais durante o governo de León Febres Cordero.
Considerando para quem
trabalhou, o fato de Leo Gleser dizer que “Nunca rompi a lei”, vale muito
pouco.
Fontes:
As informações foram
extraídas das seguintes páginas web:
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