quinta-feira, 26 de março de 2009

Sionismo: O Jogo acabou


Nizar Sakhnini

O afluxo sionista na Palestina começou em 1882. Houve 6 ondas de imigração judáica entre 1882 e 1948. Em conseqüência destas ondas, o número de judeus vivendo na Palestina aumentou para aproximadamente 650.000.

Durante a Conferência de Paz de Paris em 1919, os sionistas pediram pela criação de um estado no território que inclui todo Mandato Palestino, do sul do Líbano até o Rio Litani, dos Altos do Golan e parte da Jordânia Ocidental ao longo de uma linha paralela da ferrovia de Hijaz e finalizando em Aqaba. Daí, a linha vai a noroeste para Al Arish no Egito. [1]

Em 1948, Ben-Gurion considerou aceitação de um Estado Judeu em parte da Palestina como uma cabeça-de-ponte para futura expansão no devido tempo. Sua visão foi explicitada numa carta a seu filho, Amos, declarando que "Um Estado Judeu parcial não é o fim, mas só o começo... Traremos para o estado todos os judeus que for possível trazer... Organizaremos uma moderna força de defesa, um exército seleto. ..e então eu estou certo que nós não seremos impedidos de colonizarmos as outras partes do país, ou por acordo mútuo com nossos vizinhos árabes ou por outros meios. Nossa capacidade de penetrar no país vai aumentar se houver um estado…". [2]

Num encontro de mesa redonda com a França na Conferência de Sévres, Ben-Gurion propôs um plano para resolver todas as questões do Oriente Médio. O plano incluiu a eliminação de Nasser no Egito e a partição da Jordânia, com a Margem Ocidental ficando para Israel e a Margem Oriental para o Iraque. Em troca, o Iraque assinaria um tratado de paz com Israel e encarregar-se-ia de absorver os refugiados palestinos. Além do mais, Ben-Gurion solicitou que Israel anexasse o sul do Líbano até o Rio Litani, com um estado cristão estabelecido no resto do país. Ben-Gurion acrescentou que o Canal de Suez gozariade um estatus internacional, que os Estreito de Tiran ficaria sob controle israelense, e que a Síria deveri ser colocada sob um governador pró-ocidente para estabilizar o regime sírio. A confirmação oficial do protocolo de Sévres foi recebida por Ben-Gurion no dia 26 de outubro e foi calorosamente apreciada por Menachem Begin. [3]

Golda Meir chegou mesmo a negar a mera existência dos palestinos declarando que não há tal coisa como os palestinos.

Em 5 décadas, o sonho sionista começou a evaporar.

Apesar de todas as atrocidades sionistas que visa a limpeza étnica, os árabes palestinos que vivem dentro das fronteiras do Mandato Palestino são aproximadamente 4,5 milhões. Dentro de dez a quinze anos,os árabes vivendo na Palestina tornar-se-ão a maioria, ainda que os Refugiados palestinos vivendo fora da Palestina não sejam permitidos retornar às suas casas e terras que lhes foram usurpadas.

Apesar de ter que um grande exército equipado com todo o armamento de alta tecnologia fornecido pelos EUA. , Israel não conseguiu deter ou parar a Resistência árabe.
Em março, 1968, Israel atacou a aldeia de Karama na Margem Oriental da Jordânia e enfrentou uma sangrenta e heróica resistencia dos palestinos. Esta batalha deu a Organização pela Libertação da Palestina (a OLP) um empurrão psicológico e aumentou sua influência.

No dia 24 de maio de 2000, Israel foi obrigado a se retirar do sul do Líbano, que estava ocupado desde 1978.

No dia 12 de julho de 2006, Israel começou uma “ guerra aberta” contra o Líbano. A guerra parou no dia 14 de agosto de 2006. Durante esta guerra, outro massacre foi cometido em Kana, aproximadamente 54 civis inocentes, incluindo aproximadamente 37 crianças, foram assassinados num ataque aéreo, e houve muitos estragos e destruição. No entanto, Israel fracassou em alcançar sua meta de acabar com o Hizbollah.

No dia 27 de dezembro de 2008, Israel lançou a “Operação Chumbo Derretido” contra a Faixa de Gaza e cometeu um massacre, assassinando mais de 1.300 homens, mulheres e crianças e ferindo mais que 5.500. A guerra acabou no dia 18 de janeiro de 2009 sem Israel alcançar sua meta de acabar com o Hamas.

O jogo acabou. A mentira sionista de uma “terra sem povo para um povo sem terra” não engana mais ninguém. O que nós testemunhamos hoje em dia é o fim do começo e o começo do fim, o que não levará muito tempo: 5 - 20 anos…

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