Entreouvido na Tenda
da Sencarça na Vila Vudu:
O Estadão (que é o PIOR JORNAL DO MUNDO!) “noticia” que o Pentágono
destruiu 12 refinarias “do Estado Islâmico”.
Além de ser o pior jornal do mundo,
fascista-fascistizante, o Estadão já tá ficando é BURRO (jornal que os deuses
querem falido, os deuses primeiro emburrecem. É nóiz!).
Pra começar, as tais refinarias, em território
sírio, são refinarias SÍRIAS; segundo, ninguém precisa destruir refinarias, se
quisesse acabar só com o Estado Islâmico.
Petróleo tem alma e tem história, mas não
tem perna: petróleo não caminha. Para paralisar o Estado Islâmico é preciso BLOQUEAR
O FLUXO do contrabando do petróleo nos TERMINAIS ou nos OLEODUTOS.
O ISIS-ISIL-Estado Islâmico (criação dos
EUA-Israel-União Européia) está se mostrando excelente ALIADO no serviço de
MUDANÇA DE REGIME na Síria. Te cuida Bashar, a Síria não tem amigos no “Ocidente”.
“Destruir refinaria” é coisa muuuuuuuito duvidosa,
se a meta é combater o Estado Islâmico: destrói lá um canto de qualquer merda,
faz a foto do avião ou da ruína, manda prô “jornalismo indispensável” [só
rindo] do New York Times e do Jornal
Nacional da Globo e do Estadão, mas o contrabando de PETRÓLEO BRUTO continua,
inabalado.
“Destruir
refinaria” só interessa, mesmo, como alvo, se a meta é
destruir A INFRAESTRUTURA DA SÍRIA. Isso, precisamente, é o que a falsa
“notícia” BURRA, do Estadão, esconde dos otários que PAGAM pra ler
aquele lixo.
23/9/2014, [*] Moon of Alabama
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
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Print-screen da homepage do NYT(23/9/2014 – 8:43 AM-NY) |
O
primeiro artigo tem a ver com os ataques dos EUA, noite passada, contra
vários alvos no leste da Síria. O segundo, na sequência, explica que
aqueles ataques pouco efeito tiveram no Iraque. A justaposição demonstra
a futilidade da campanha de bombardeio de Obama, parte das guerras por procuração já em curso contra a Síria. Resultado disso tudo, o Estado Islâmico resultará cada vez mais legitimado.
Os
EUA e alguma espécie de “coalizão” de ditaduras árabes bombardearam
vários alvos relacionados ao Estado Islâmico no leste da Síria. O
governo sírio foi informado sobre o ataque e não protestou abertamente
contra ele.
Os
EUA não atacaram posições do Estado Islâmico em torno da cidade de
Kobane, no norte da Síria, onde o Estado Islâmico combate contra
milícias curdas numa tentativa para abrir novo caminho logístico para o Estado Islâmico até a Turquia.
Aceitar esse novo caminho logístico foi, provavelmente, parte do preço
que a Turquia teve de pagar recentemente para libertar seus diplomatas
capturados pelo Estado Islâmico.
Os
EUA, só eles, bombardearam um alvo relacionado a uma específica parte
da Frente al-Nusra no noroeste da Síria. Os EUA dizem que acertaram o
“grupo Corassão”. Mas esse grupo não passa de mais uma invenção do Pentágono, em sua nova campanha MID (“Medo, Incerteza e Dúvidas” [orig. ing., “Fear, Uncertainty & Doubt” (FUD)]). O tal grupo “Corassão” não passa de segmento da já conhecida e antiga Frente al-Nusra.
O ISIS/ISILpreparou-se para os anunciados ataques aéreos dos EUA e espalhou seus militantes e materiais, mas a (Frente) Jabhat al-Nusra não
se preparou e perdeu cerca de 50 combatentes. Um dos líderes da
al-Nusra, Mohsen al-Fadli al-Kuwaiti, foi morto nesse ataque.
Hoje também a força aérea síria trabalhava para bombardear posições da Frente al-Nusranas colinas do Golan, onde está a al-Nusra, como eu já noticiara, [1] abrindo
um corredor da Jordânia até o Líbano e para ataques contra Damasco ao
longo da linha de demarcação que separa Israel e Síria.
Mas Israel, em apoio perfeitamente visível e claro à Frente al-Nusra, derrubou o SU-24 sírio usando mísseis Patriot fornecidos
pelos EUA. Embora Israel diga que a fronteira teria sido violada, o
avião caiu em local muito distante da fronteira, perto de Kanaker,
Síria, já a meio caminho entre a linha de demarcação e Damasco.
Escondida
por trás dos ataques dos EUA ao Estado Islâmico e a outros alvos,
Israel já praticamente implantou uma zona aérea de exclusão próxima ao
Golan, que permitirá que a Frente al-Nusra sirva-se em segurança daquele
corredor para atacar o Hezbollah em Qalamoun e no sul do Líbano. E
também abre espaço para novos ataques a Damasco.
Os ataques dos EUA ao Estado Islâmico na Síria terão – como as manchetes do NYT não
escondem – tão pouco efeito quanto têm no Iraque. Sem coordenar os
ataques aéreos com força capaz disponível em solo, como o exército
sírio, aqueles ataques dos EUA ao Estado Islâmico não farão qualquer
diferença significativa.
Ainda
não vi qualquer notícia de que os aviões dos EUA tivessem acertado
algum dos grandes depósitos de armas ou munições onde estão os materiais
que o Estado Islâmico capturou do exército iraquiano. Há cerca de 50
grandes tanques de combate e enorme quantidade de peças de artilharia
pesada, em mãos do Estado Islâmico. O que está sendo feito para
neutralizar essas armas?
Nota dos tradutores
[1] “As forças antigoverno que cooperam nessa operação são a Frente Síria Revolucionária [orig. Syrian Revolutionaries Front (SRF),
apoiada pelos EUA e assistida pela Frente Islâmica, apoiada pela Arábia
Saudita; e a Frente al-Nusra, da al-Qaeda, que acaba de receber 20
milhões do Qatar. Essas forças infiltraram-se a partir da Jordânia,
através de Daara e dali para o norte e noroeste ao longo da fronteira
com Israel. Esse movimento, durante o qual alguns observadores da ONU
foram sequestrados por aquelas forças, foi apoiado por ataques da
artilharia israelense contra unidades sírias que tentavam impedir o
ataque”. (15/9/2014, “The New "Regime Change" Plan - Attack Damascus From The South”,Moon of Alabama, aqui traduzido).
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