Comitê de solidariedade a luta do povo palestino - RJ, Comitê catarinense de solidariedade ao povo palestino
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Desautorizando a Autoridade
Palestina Livre - 29 de novembro
A Autoridade Palestina – AP mostrou uma incapacidade total em administrar as conversações com Israel durante os últimos 27 anos, ou seja, desde o Acordo de Oslo, em 1993.
A situação dos palestinos está cada vez pior. Além de viverem sob a opressão sionista, com perdas das terras e as injustiças impostas, tem a dor maior de ver a pactuação dos líderes da AP com nossos inimigos.
Desautorizamos esses representantes, demagogos, fracos e covardes que não demonstram respeito e nenhuma coragem na defesa dos interesses nacionais palestinos. A única coisa que fizeram com muita maestria foi a “coragem” de transformar as conversações de paz em encontros para receber ordens do mandatário Israel. Criando a falsa imagem de pombo da paz, a AP se afastou da paz fruto da justiça e consolidou a paz dos cemitérios. Nossa resistência enfrentou a repressão da polícia de Mahmoud Abbas e os nossos presos políticos palestinos estão em prisões palestinas administradas pela AP!
Frente a desonra e a fraqueza da AP, engrossamos as fileiras do povo palestino que, por toda parte, está desautorizando esta Autoridade de realizar qualquer acordo em seu nome! Fim da linha com as conversações junto aos invasores Israelenses, ao eixo formado pelos Estados Unidos e seus aliados na “Negociata do Século – Trump” que pretendem liquidar a causa palestina. Hoje, podemos dizer que o território da Palestina (na cor verde do mapa) está fragmentado e 100% ocupado pelo Estado de Israel, pois a AP não tem autonomia:
Daqui levantamos a voz contra AP, como levantamos a voz contra o sionismo que permitiu o surgimento da injustiça! Levantamos nossa voz para calar os traidores da Causa Palestina! Saibam, covardes, que suas atitudes de submissão ao Estado Sionista de Israel são, cotidianamente, derrotadas na luta e na resistência de cada palestino. A paz verdadeira é a justiça e os direitos inalienáveis do povo palestino assegurados!
Todos os países do mundo, em todos os governos, reconhecem a necessidade de respeitar e valorizar os presos políticos. São lutadores que não se dobram, são a salvação das esperanças, são os guardiões dos valores e da cultura da sociedade!
Nos tratados internacionais de guerra, nas operações armadas e até nos cessar fogo o primeiro a ser negociado são a troca de soldados presos nos campos de batalha como sinal de boa fé, preservando a vida. Mas isso não significa nada para as negociações entre os Sionistas e a AP. Nada vai avançar enquanto a AP não modificar sua relação com os presos políticos palestinos e agir pela imediata libertação deles.
A AP não respeita os presos políticos palestinos, não melhora suas condições, não viabiliza advogados, não facilita visitas das famílias, não investe em tratamentos de saúde e em apoio material, são atitudes de desprezo por aqueles que nunca traíram seu povo e nem os ideais de libertação de sua Pátria! Mesmo detidos em condições subumanas e precárias, se alimentam com a honra Palestina!
A AP não esta sendo honesta em defender a libertação do seu povo, que deu vidas e continua lutando para conquistá-la! Nem esta sendo honesta, em defender os presos políticos, muitos detidos antes do Acordo de Oslo. Não teve a coragem de negociar a libertação, por exemplo, dos companheiros Kareem Younes, ou Nael Bargouthi (detido aos 15 anos de idade e, neste ano, fez seu aniversario de 56 anos na cadeia, são 41 anos encarcerado).
Maher al Akhras está em prisão administrativa, um estilo inventado pela justiça Israelense: preso sem acusação ou acusação sem provas de acordo com a inteligência do órgão da policia política de Israel. Mas firme de suas convicções, Maher entrou com greve de fome! Seu protesto se somou a de muitos outros presos políticos, que recorrem ao sacrifício da fome para impactar a mídia internacional e pressionar o algoz sionista. Foram 103 dias de greve de fome pela sua libertação! E foi vitorioso! Deve ser solto no dia 26 de novembro! Todo nosso respeito e solidariedade aos presos políticos palestinos! Olha sua filha Tuqa dando as primeiras colheradas de sopa!
Amargura e mal estar domina o céu da boca quando se fala de nossos presos políticos. A amargura não vem porque não conseguirmos libertá-los, vem pelo descaso e falta de interesse que os governantes da AP perante a esses grandes heróis. Graças a luta e a resistência deles, dos militantes que vivem na Palestina, dos refugiados que levam a Palestina no coração onde
quer que estejam vivendo, lutando pelo direito do retorno e a todos os solidários a Causa Palestina tem respeito no campo internacional.
Queremos eleições diretas para AP e para o Conselho Nacional Palestino, pois a legitimidade vem através de escolhas democráticas! Nosso recado para a AP e aos governos árabes traidores: fim da linha para suas viciadas conversações! A Palestina livre virá pela luta da resistência do nosso povo!
Viva a Palestina Livre!
Imediata libertação dos presos políticos palestinos!
Viva 29 de novembro! Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino!
novembro/2020
Centro Cultural Palestino de São Paulo
Centro Cultural Palestino do Rio Grande do Sul
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
Comitê de Solidariedade à luta do Povo Palestino Rio de Janeiro
Comitê da Palestina Democrática
Espaço Palestino de Cultura e Política Al Janiah
Instituto Brasil Palestina - Ibraspal
Sociedade Árabe Palestina de Corumbá
Sociedade Palestina de Brasília
União Democrático das Entidades Palestina do Brasil
terça-feira, 6 de outubro de 2020
Julgamento de Julian Assange: a máscara do Império caiu
por Pepe Escobar [*]
Ele está sendo punido não por roubar o fogo, mas por expor os poderosos à luz da verdade e provocar o deus do Excepcionalismo.
Em meio ao silêncio estrondoso e à indiferença quase universal, acorrentado, imóvel, invisível, um esquálido Prometeu foi transferido da forca para um julgamento-espetáculo em um falso tribunal gótico construído no local de uma prisão medieval.
Cratos, personificando o Poder, e Bia, personificando a Violência, haviam devidamente acorrentado Prometeu, não a uma montanha no Cáucaso, mas ao confinamento solitário em uma prisão de segurança máxima, subjugado à implacável tortura psicológica. Em nenhuma das torres Ocidentais de vigilância, nenhum Hefesto se ofereceu para forjar qualquer grau de relutância ou mesmo uma migalha de piedade.
Prometeu está sendo punido não por roubar o fogo – mas por expor os poderosos à luz da verdade, provocando, assim, a ira desenfreada de Zeus, o Excepcionalista, que só é capaz de orquestrar seus crimes sob múltiplos véus de segredo.
O mito do sigilo – que envolve a capacidade de Zeus controlar o espectro humano – foi rompido por Prometeu. E isso é anátema.
Durante anos, estenógrafos degradados trabalharam incansavelmente para retratar Prometeu como um reles trapaceiro e falsificador leviano.
Abandonado, difamado, demonizado, Prometeu foi consolado por apenas um pequeno grupo de Ninfas – Craig Murray, John Pilger, Daniel Ellsberg, guerreiros Wiki, escritores do Consortium. A Prometeu foram negadas até mesmo as ferramentas básicas para organizar uma defesa que pudesse pelo menos abalar a dissonância cognitiva da narrativa de Zeus.
Oceano, o titã pai das Ninfas, para satisfazer Zeus, não poderia incitar Prometeu.
Fugazmente, Prometeu revelou ao grupo de Ninfas, que expor segredos não era o que lhe daria a verdadeira satisfação pessoal. A longo prazo, sua causa poderia reavivar o apreço popular às artes civilizatórias.
Um dia, Prometeu foi visitado por Io, uma donzela humana. Ele teria previsto que ela não se envolveria em nenhuma viagem futura, e que ela lhe daria dois descendentes. Teria igualmente previsto que um de seus descendentes – um descendente anônimo de Hércules – muitas gerações depois, o libertaria, figurativamente, de seu tormento.
Zeus e seus lacaios da promotoria nada têm de muito concreto contra Prometeu, além da posse e disseminação de informações confidenciais Excepcionais.
Ainda assim, caberia a Hermes – o mensageiro dos Deuses e, significativamente, seu canal de Notícias – ser enviado por Zeus, tomado de raiva incontrolável, para exigir que Prometeu admitisse ser culpado de tentar derrubar a ordem baseada em regras estabelecidas pelo Supremo Excepcional.
Isso é o que está sendo ritualizado no julgamento-espetáculo atual, que nunca disse respeito à Justiça.
Prometeu não será domesticado. Em sua mente, ele libertará o Ulisses de Tennyson: "se esforçar, procurar, encontrar e nunca ceder". [NR]
Então Zeus pode finalmente atingi-lo com o raio do Excepcionalismo, e Prometeu será lançado ao abismo.
Porém, o roubo de Prometeu do segredo dos poderosos foi irreversível. Seu destino certamente levará ao aparecimento, mais tarde, de Pandora e sua caixa de males – com consequências imprevistas.
Qualquer que seja o veredicto declarado naquele tribunal do século XVII, está mais do que certo de que Prometeu entrará na História apenas como um mero objeto de culpa pela loucura humana.
Porque agora o cerne da questão é que a máscara de Zeus caiu.
[*] Jornalista.
O original encontra-se no Asia Times e em Consortium News . A tradução de Gustavo Salume encontra-se em Duplo Expresso .
Este artigo encontra-se em https://resistir.info/ .
EastMed,: O Consórcio entre a entidade sionista Israel, a Grecia do Tsipra e o Chipre consolida o roubo do gás de GAZA
Gasoduto explosivo no Mediterrâneo
Por Manlio Dinucci
No Mediterrâneo Oriental, em cujas profundezas foram descobertas grandes jazidas offshore de gás natural, está em curso um contencioso acirrado sobre a definição de zonas económicas exclusivas, dentro das quais (até 200 milhas da costa) cada um dos países costeiros tem o direito de explorar essas reservas.
Os países directamente envolvidos são a Grécia, a Turquia, o Chipre, a Síria, o Líbano, a Palestina, Israel, (cujas jazidas, nas águas de Gaza, estão nas mãos de Israel), o Egito e a Líbia. O confronto é particularmente tenso entre a Grécia e a Turquia, ambos países membros da NATO. A aposta em jogo não é apenas económica.
A verdadeira discórdia que se joga no Mediterrâneo Oriental é geopolítica e geoestratégica e envolve as grandes potências mundiais. Neste âmbito insere-se o EastMed, o gasoduto que trará para a União Europeia grande parte do gás desta área. A sua realização foi decidida na cimeira, realizada em Jerusalém em 20 de Março de 2019, entre o Primeiro Ministro israelita Netanyahu, o Primeiro Ministro grego Tsipras e o Presidente cipriota Anastasiades.
Netanyahu salientou que “o gasoduto se estenderá de Israel à Europa através do Chipre e da Grécia” e Israel tornar-se-á assim uma “potência energética” (que controlará o corredor energético para a Europa), Tsipras sublinhou que “a cooperação entre Israel, a Grécia e o Chipre, na sexta cimeira, tornou-se estratégica».
Esta cooperação é confirmada pelo pacto militar assinado pelo governo de Tsipras com Israel há cinco anos (il manifesto, 28 de Julho de 2015). Na cimeira de Jerusalém (cujas actas, publicadas pela Embaixada dos EUA no Chipre),esteve presente Mike Pompeo, Secretário de Estado americano, sublinhando que o projecto EastMed lançado por Israel, pela Grécia e pelo Chipre, “parceiros fundamentais dos EUA para a segurança”, é “incrivelmente oportuno”, já que “a Rússia, a China e o Irão estão a tentar colocar os pés no Oriente e no Ocidente”.
A estratégia dos EUA é declarada: reduzir e finalmente bloquear as exportações do gás russo para a Europa, substituindo-as por gás fornecido ou, de outra forma, controlado pelos EUA. Em 2014, eles bloquearam o SouthStream, que teria trazido através do Mar Negro gás russo para a Itália a preços competitivos, e estão tentando fazer o mesmo com o TurkStream que, através do Mar Negro, transporta o gás russo para a parte europeia da Turquia para fazê-lo chegar à União Europeia.
Ao mesmo tempo, os USA tentam bloquear a Nova Rota da Seda, a rede de infraestruturas concebida para ligar a China ao Mediterrâneo e à Europa. No Médio Oriente, os USA bloquearam com a guerra o corredor de energia que, segundo um acordo de 2011, teria transportado o gás iraniano através do Iraque e da Síria para o Mediterrâneo e para a Europa. A esta estratégia junta-se a Itália, onde (na Apúlia) chegará a EastMed que também levará o gás para outros países europeus.
O Ministro Patuanelli (M5S) definiu o gasoduto, aprovado pela União Europeia, como um dos “projectos europeus de interesse comum”, e a Subsecretária Todde (M5S) levou a Itália a aderir ao East Med Gas Forum, sede de “diálogo e cooperação” sobre o gás no Mediterrâneo Oriental, do qual participam – além de Israel, da Grécia e do Chipre – o Egipto e a Autoridade Palestina. Também participa a Jordânia, que não tem jazidas de gás offshore no Mediterrâneo, mas que o importa de Israel.
No entanto, estão excluídos do Fórum, o Líbano, a Síria e a Líbia, a quem pertence parte do gás do Mediterrâneo Oriental. Os Estados Unidos, a França e a União Europeia anunciaram, previamente, a sua adesão. A Turquia não participa devido ao diferendo com a Grécia, que a NATO, no entanto, se compromete a resolver: “delegações militares” dos dois países já se reuniram seis vezes na sede da NATO, em Bruxelas. Todavia, no Mediterrâneo Oriental e no vizinho Mar Negro, está em curso um destacamento crescente de forças navais dos EUA na Europa, com sede em Nápoles Capodichino.
A sua “missão” é “defender os interesses dos Estados Unidos e dos Aliados e desencorajar a agressão [‘russa’]” e a mesma “missão” para os bombardeiros estratégicos americanos B-52, que sobrevoam o Mediterrâneo Oriental acompanhados por caças gregos e italianos.
Manlio Dinucci
il manifesto, 29 de Setembro de 2020
Manlio DinucciGeógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l’analisi geostrategica atribuído em 7 de Junho de 2019, pelo Club dei giornalisti del Messico, A.C.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos Email: luisavasconcellos2012@gmail.comWebpage: NO WAR NO NATO
http://sakerlatam.es/geopolitica/pt-manlio-dinucci-a-arte-da-guerra-gasoduto-explosivo-no-mediterraneo/
terça-feira, 1 de setembro de 2020
O VÍCIO DA CIA NA OCUPAÇÃO DO AFEGANISTÃO
sábado, 29 de agosto de 2020
sábado, 4 de julho de 2020
Palestina livre da ocupação sionista! Cresce a convicção do povo palestino de que o "projeto de israel" e sua própria existência nas terras históricas são o problema.

quarta-feira, 10 de junho de 2020
Silêncios hipócritas à beira da tempestade

Ao se investigar minuciosamente os comportamentos de países e entidades com poder de decisão sobre as coisas do mundo, não se detecta um único indício de que esteja em desenvolvimento uma ação internacional concertada para demover Israel de dar o golpe anunciado.
A Rússia tem afirmado que se opõe a qualquer ação israelense para anexação do Vale do rio Jordão. A China diz a mesma coisa, mais palavra, menos palavra.