A equipe do site da Al Manar |
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Em
sua primeira etapa de um giro regional que lhe levará ao Líbano e a Turquia,
Lariyani tratou com Assad "da evolução dos acontecimentos regionais, especialmente após o fracasso
da recente agressão israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza e a grande vitória da
resistência Palestina".
Ambos, os chefes de Estado, aproveitaram o encontro para reafirmar o compromisso com "o caminho da resistência", comprometendo-se
"a seguirem garantindo sua promoção, manutenção e apoio, em todos os níveis".
"Enquanto
alguns Estados da região não ajudam os palestinos, a
Síria, e o povo sírio sempre colocaram todos seus meios à disposição do povo
palestino", disse Lariyani, referindo-se à ofensiva israelense em Gaza.
"Por
isso, alguns países do região armam os grupos hostis à Síria", na intenção de mudar essa configuração, declarou o líder iraniano, cujo país, grande aliado de Damasco, acusa alguns países
ocidentais e árabes de armar e financiar grupos mercenários e colocá-los criminosamente dentro da Síria.
Disse, ainda, que os israelitas acreditavam "que poderia destruir a resistência", mas "o
povo palestino tem demonstrado que tem bons recursos para se defender".
Ali
Lariyani destacou o papel importante da Síria no apoio a resistência
e observou que alguns Estados da região estão implementando políticas aventureiras buscando
criar problemas na Síria:
"Insistimos, sempre, que a Síria tem desempenhado um papel pioneiro no apoio
a resistência"
http://www.almanar.com.lb/main.php
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Comitê de solidariedade a luta do povo palestino - RJ, Comitê catarinense de solidariedade ao povo palestino
terça-feira, 27 de novembro de 2012
O Presidente da Síria e o Chefe do Parlamento do Irã saudam a vitória da Resistência palestina,na faixa de Gaza
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
ATIVIDADES NO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL - PALESTINA LIVRE
VEJAM ABAIXO AS ATIVIDADES ORGANIZADAS PELOS COMITÊS , ENTIDADES DE SOLIDARIEDADE E A CAMPANHA FREE AHMAD SA'ADAT
Venha Participar de nossos debates para construir uma Palestina Livre
DIA 29
Horário : 10:00 – 13:00
Atividade: O papel dos palestinos na diáspora e na solidariedade internacional
Organização: Sociedades palestinas de Santa Maria e Corumba, Comitê Catarinense de Solidariedade, CDP, CECAP RS, US Palestinian Community Network, Coalisão Democrática Palestina (arab48)
Local: Casa de Cultura Mario Quintana - Hermes Mancilia
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Horário: 12h15-13h30
Atividade: PRISIONEIROS POLÍTICOS PALESTINOS
Organização responsável: Addmaeer Prisoner Support & Human Rights Association
Local: Ministerio Público do RGS - Aud.Mondecil Paulo de Moraes
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Horário: 14:00 - 16:00
Atividade: O Desrespeito ao Direito Internacional na questão palestina
Organização responsável: Sociedades palestinas de Santa Maria e Corumba, Comitê Catarinense de Solidariedade, CDP, CECAP RS, US Palestinian Community Network, Coalisão Democrática Palestina (arab48)
Local: Afocefe Sindicato - Auditório
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Dia 30
Horário: 9:00 – 12:00
Atividade: Os projetos de reassentamento dos refugiados Palestinos
Organização responsável: Centro Cultural Árabe Palestino do Rio Grande do Sul
Local : Fecosul - Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul Fecosul - Auditório
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Horário: 10:00 – 12:00
Atividade : Campanha Internacional pela Libertação dos Prisioneiros Políticos - Free Ahmad Sa'adat -
Organização responsável: Samidoun Palestinian Prisoner Solidarity Network, Campaign to Free Ahmad Sa'adat
Local: Câmara Municipal de POA - Sala Otavio Rocha
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Horário: 16:30 – 18:00
Atividade: “A recente estratégia imperialista/sionista para o mundo árabe e a situação da causa Palestina”
Sobre as estratégias neocoloniais do imperialismo para o Mundo Árabe, ressaltando o papel da mídia, dos exércitos mercenários, dos países aliados do golfo e a localização da causa Palestina neste contexto.
Organização: Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro
Local: Afocefe Sindicato – Auditório
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Dia 01
Horário: 10:00 - 12:00
Atividade :O racismo israelense e a luta dos palestinos na Palestina de 1948
Organização: Sociedades palestinas de Santa Maria e Corumba, Comitê Catarinense de Solidariedade, CDP, CECAP RS, US Palestinian Community Network, Coalisão Democrática Palestina (arab48)
Local: Camara Municipal de POA sala Comissão 302
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Horário : 12:15 – 13:30
Atividade :A Colombia como ponta de lança do imperialismo/sionismo para América Latina
Sobre a atuação do sionismo na Colômbia e suas implicações para o conjunto da América Latina.
Organização: Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro
Local: Afocefe Sindicato – Auditório
domingo, 25 de novembro de 2012
EGITO EM FÚRIA: SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE CONFRONTO NA PRAÇA TAHRI
Manifestante corre com bomba de gás lacrimogêneo nas mãos,
próximo à Praça Tahrir, no Cairo, capital do Egito (Foto: Mohamed Abd El
Ghany/Reuters
Multidão de opositores ao presidente Mohamed Morsi corre de policiais nos arredores da praça Tahrir, no Egito (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
Ativista em meio a nuvem de gás lançado por forças de segurança no Egito, na Praça Tahrir (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
http://www.almanar.com.lb/adetails.php?eid=356621&cid=21&fromval=1&frid=21&seccatid=38&s1=1
O QUE NÃO TE CONTAM SOBRE A SÍRIA Parte X - Massacres e decaptações de palestinos
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Equipo del Sitio Web de Al Manar | ||||
A imprensa turca noticiou um
grande massacre que aconteceu no dia 10 de Novembro e que foi executado por milicianos Exército
Sírio Livre (ESL - mercenários financiados pelos EUA, Países do Golfo e UE) e seus colaboradores do Conselho Nacional Kurdo, de Masud Barzani. na
cidade de Ras el-Ain, que faz fronteira com a Turquia . O canal de televisão Star TV mostrou imagens de milicianos que tomaram a cidade, alguns edifícios do governo e da polícia. O canal mostra imagens do momento do sequestro dos funcionários da administração pública e de soldados: Com os olhos vendados e as mãos atadas, eles são levados para um prédio onde foram executados a sangue frio. Se ouve os tisparos que viam do interio da casa. Nas sequência, o vídeo mostra os corpos das vítimas levados por um caminhão para um lugar onde foram enterrados. Segundo o sítio Syria Truth, que veicula o vídeo, o canal de TV turco, que pertence a oposição, foi obrigado a suspender a transmissão deste vídeo, após seren ameaçados pelos milicianos do ESL. (N. do tradutor: Verifique no sítio: ) (http://www.syriatruth.org/news/tabid/93/Article/8622/Default.aspx) Decapitações O site www.syriatruth.org também mostra imagens da decapitação de um militante palestino da Frente Popular para a Libertação da Palestina - FPLP, no campo Yarmuk na capital síria, Damasco. Os autores da decapitação, são membros da Brigada de Tauhid, participantes do levante mercenário. O texto não fala de outros palestinos que tiveram tal sorte. (N. do traduto: Fato é que o campo de refugiados palestinos na Siria está sofrendo os mesmos horrores do conjunto da populaçao síria , vítimas dos grupos mercenários , armados e introduzidos no país pelo Turquia, pelos países do Golfo, como o Quatar, por Israel , França e EUA.)
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sábado, 24 de novembro de 2012
As elites vão fazer conosco o que fazem com os habitantes de Gaza
Traduzido e comentado por Baby Siqueira
Abrão
Comentário
da tradutora:
Quem me conhece sabe que penso exatamente como Hedges. Infelizmente, não tenho
seu talento e meu artigo sobre esse assunto está só na forma de
esboço.
É
preciso ler este texto para entender por que os sionistas estão pressionando
tanto o FSMPL (Fórum Social Mundial pela Palestina Livre)-- trata-se de uma
pedra no sapato de quem, como eles, vêm mostrando as garras na América Latina e
dominando nossos governos. É
preciso ler este texto para saber por que insisto tanto num foco de luta mais
amplo, contra o sionismo.
Vamos
deixar como está ou vamos reagir?
Gaza é a janela de nossa futura distopia. A crescente divisão entre a elite do mundo e sua miserável massa de humanidade é mantida por meio de uma violência em espiral. Muitas regiões empobrecidas do planeta, que caíram no abismo econômico, começam a assemelhar-se a Gaza, onde 1,6 milhões de palestinos vivem no maior campo de concentração do planeta [1].
Essas
zonas de sacrifício, cheias de pessoas deploravelmente pobres, presas em favelas
miseráveis ou em aldeias cujas casas têm paredes de barro, cada vez mais vêm
sendo sitiadas por cercas eletrônicas, monitoradas por câmeras de vigilância e
drones, e rodeadas por guardas de fronteira ou unidades militares que atiram
para matar.
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Ilustração: Mr. Fish |
Essas
distopias de pesadelo se estendem da África subsaariana ao Paquistão e à China.
Nesses locais, assassinatos propositais são executados, ataques militares
brutais são feitos a pessoas deixadas sem defesa, sem exército, sem marinha e
sem força aérea. Todas as tentativas de resistência, embora ineficazes, deparam
com a carnificina que caracteriza a moderna indústria da
guerra.
No
novo cenário global, como nos territórios ocupados por Israel e nos projetos
imperialistas dos EUA no Iraque, no Paquistão, na Somália, no Iêmen e no
Afeganistão, massacres de milhares de inocentes indefesos são classificados como
“guerra”.
A
resistência é denominada provocação, terrorismo ou crime contra a humanidade. O
respeito às leis, assim como as mais básicas liberdades civis e o direito à
autodeterminação, é uma ficção usada como relações-públicas para aplacar a
consciência de quem vive nas zonas de privilégio.
Prisioneiros
são rotineiramente torturados ou “desaparecidos”. A falta de alimentos e de
suprimentos médicos são uma tática de controle aceita. Mentiras permeiam as
ondas eletromagnéticas (rádios e TVs). Grupos religiosos, raciais e étnicos são
demonizados. Chovem mísseis sobre casebres de alvenaria, unidades mecanizadas
atiram em aldeões desarmados, canhoneiras esmagam campos de refugiados com
bombardeios pesados, e os mortos, incluindo crianças, enfileiram-se em
corredores de hospitais aos quais faltam eletricidade e
medicamentos.
O
colapso iminente da economia internacional, os ataques ao clima e suas
consequências, como secas, alagamentos, declínio rápido de safras e aumento no
preço dos alimentos estão criando um universo onde o poder se divide entre
elites restritas, que têm nas mãos sofisticados instrumentos de morte, e massas
enraivecidas.
As
crises vêm incentivando uma guerra de classes que sobrepujará tudo aquilo que
Karl Marx poderia ter imaginado. Elas estão construindo um mundo onde a maioria
terá fome e viverá com medo, enquanto poucos irão se empanturrar com delícias
em fortins
protegidos. E mais e mais pessoas serão sacrificadas para
manter esse desequilíbrio.
Por
ter poder para isso, Israel – assim como os Estados Unidos –
desrespeitam
[2] o direito
internacional para manter na miséria uma população dominada. A presença
continuada das forças de ocupação israelenses [nos Territórios Palestinos
Ocupados- TPOs] desafia quase cem resoluções do Conselho de Segurança da ONU
pedindo sua retirada [dos TPOs].
O
bloqueio israelense a Gaza, estabelecido em junho de 2007, é uma forma brutal de
punição coletiva que viola o artigo 33 da IV Convenção de Genebra, que determina
as regras para a “proteção de civis em tempo de guerra”.
O
bloqueio transformou Gaza num pedaço de inferno, num gueto administrado por
Israel onde milhares morrem, incluindo os 1,4 mil [são quase 1,5 mil] civis
assassinados na incursão israelense de 2008. Com 95% das fábricas fechadas, a
indústria palestina virtualmente parou de funcionar. Os restantes 5% operam com
25% a 50% de sua capacidade. Até o setor pesqueiro está moribundo. Israel
recusa-se a permitir que os pescadores ultrapassem três milhas náuticas da
costa, e dentro desse limite os barcos pesqueiros com frequência são alvo dos
tiros israelenses.
As patrulhas de fronteira
israelenses confiscaram 35% das terras cultiváveis de Gaza para criar nelas
zonas-tampões
[3].
O
colapso da infraestrutura e o confisco israelense dos aquíferos fazem com que em
muitos campos de refugiados, como Khan Yunis, não haja água corrente.
A
Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na
sigla em inglês) estima que 80% de todos os habitantes de Gaza dependem,
atualmente, de ajuda alimentar. E a alegação israelense de autodefesa esconde o
fato de que Israel mantém uma ocupação ilegal e viola o direito internacional ao
impor a punição coletiva aos palestinos.
Foi
Israel que escolheu aumentar a violência quando, durante uma incursão a Gaza no
início do mês, suas forças mataram um garoto de 13 anos. À medida que o mundo se
arrebenta, este se torna o novo paradigma: senhores da guerra modernos se
inundam com tecnologias e armas aterrorizantes, que matam povos inteiros.
Fizemos
[os estadunidenses] o mesmo no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão, no Iêmen e
na Somália.
As
forças do mercado e os mecanismos militares que protegem essas forças são a
única ideologia que governa os Estados industriais e o relacionamento dos seres
humanos com o mundo natural. É uma ideologia que resulta em milhões de mortos e
outros milhões de desalojados no mundo moderno. E a espantosa/abominável álgebra
dessa ideologia significa que essas forças irão, eventualmente, também
desencadear-se sobre nós.
Aqueles
que não são úteis para as forças do mercado são considerados descartáveis. Não
têm direitos nem legitimidade. Sua existência, seja em Gaza, seja em cidades
pós-industriais doentes como Camden, Nova Jersey, é considerada dejeto da
eficiência e do progresso. Essas pessoas são vistas como refugo. E como refugo
não têm voz nem liberdade, e podem ser extintas ou aprisionadas à vontade. Este
é um mundo onde apenas o poder corporativo e o lucro são sagrados. É um mundo de
barbárie.
“Ao dispor do poder de trabalho humano, o
sistema disporia, incidentalmente, da entidade “ser humano” sob os pontos de
vista físico, psicológico e moral”, escreveu Karl Polanyi [4] em The Great
Transformation [A grande transformação].
E continua:
Privados
da cobertura protetora de instituições culturais, os seres humanos pereceriam
diante dos efeitos da exposição social; morreriam como vítimas de deslocamentos
sociais agudos em consequência do vício, do crime e da fome.
A
natureza seria reduzida a seus elementos, com vizinhanças e paisagens violadas,
rios poluídos, segurança militar ameaçada, poder de produzir alimentos e matéria
prima destruído.
Finalmente,
a administração do mercado de compra de poder periodicamente liquidaria empresas
comerciais porque a escassez e a fartura de dinheiro provariam ser tão
desastrosas para os negócios como os alagamentos e as secas para as sociedades
primitivas.
Sem
dúvida, os mercados de trabalho, da terra e do dinheiro são essenciais para uma
economia de mercado. Mas nenhuma sociedade pode aguentar os efeitos desse
sistema de ficções brutas, nem mesmo pelo menor período, a menos que sua
substância humana e natural, assim como sua organização de negócios, estejam
protegidas contra os estragos desse moinho satânico.
Existem
47,1 milhões de estadunidenses que dependem de auxílio-alimentação para comer.
As elites estão tramando acabar com esse auxílio, assim como com outros
programas de “direitos” que evitam que os pobres se tornem miseráveis.
O
ímpeto de trilhões de dólares do Medicare, Medicaid e de outros programas
sociais, dado o impasse político em Washington e o aumento do “abismo fiscal”,
agora parece incerto.
Há
50 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, mas porque a linha da
pobreza é tão baixa – US$ 22.350 para uma família de quatro pessoas – esse
número nada significa. Acrescente-se a isso as dezenas de milhões de
estadunidenses de uma categoria chamada “próxima à pobreza”, incluindo as
famílias que tentam viver com menos de US$ 45 mil por ano e ter-se-ão ao menos
30% do país na pobreza.
Assim
que essas pessoas perceberem que não haverá recuperação econômica, que seu
padrão de vida continuará a cair, que foram enganadas, que a esperança no futuro
é uma ilusão, elas se tornarão tão furiosas como os manifestantes da Grécia e da
Espanha ou os militantes de Gaza ou do Afeganistão.
Os
bancos e outras corporações financeiras entregaram trilhões em empréstimos sem
juros do Federal Reserve, enquanto
acumulavam US$ 5 trilhões, em grande parte pilhados do Tesouro dos EUA. Quanto
mais essas disparidade e desigualdade mundiais forem perpetuadas, mais as massas
se revoltarão e mais depressa replicaremos internamente o modelo israelense de
controle doméstico – drones acima de
nossas cabeças, todos os dissidentes criminalizados, equipes SWAT rompendo pelas
portas, força mortal como modo aceitável de subjugação, alimentos usados como
armas e vigilância constante.
Em
Gaza e em outras partes doentes do globo vemos essa
nova configuração de poder.
O
que está acontecendo em Gaza, assim como o que ocorre com pessoas negras em
comunidades marginais nos EUA, são o modelo. As técnicas de controle, sejam elas
aplicadas por israelenses, sejam usadas por unidades de polícia militarizada nas
guerras contra drogas de nossas cidades, sejam empregadas por forças militares
especiais ou por mercenários no Paquistão, no Afeganistão ou no Iraque, são
testadas primeiro e aperfeiçoadas nos fragilizados e nos despossuídos.
Nossa
insensível indiferença ao apelo dos palestinos e das centenas de milhões de
pobres empacotados em favelas urbanas na Ásia ou na África, assim como de nossa
própria subclasse, significa que as injustiças cometidas contra eles serão
cometidas contra nós. Ao falhar com eles, falhamos conosco.
À
medida que o império dos EUA implode, as mais brutais formas de violência
empregadas fora do império começam a migrar de volta para o país. Ao mesmo
tempo, os sistemas internos de governança democrática calcificaram-se.
A
autoridade centralizada está nas mãos de um setor executivo que serve, como
escravo, aos interesses corporativos globais.
A
imprensa e os poderes judiciário e legislativo tornaram-se desdentados e
decorativos.
O
espectro do terrorismo, como em Israel, é usado pelo Estado para desviar
gigantescos gastos para a segurança do país, para a vigilância militar e
interna.
A privacidade é abolida. A dissidência é traição. Os militares, com seu mantra de obediência cega e de força, caracterizam a ética sombria da cultura vasta. A beleza e a verdade são abolidas. A cultura é degradada em besteiras. A vida emocional e intelectual de cidadãs e cidadãos é devastada pelo espetáculo, pelo mau gosto e pela malícia, assim como por montões de analgésicos e narcóticos. A ambição cega, o desejo de poder e uma grotesca vaidade pessoal – exemplificadas por David Petraeus e sua ex-amante – são os motores do progresso.
O conceito de bem comum não faz mais parte do léxico do poder. Este, como a novelista J.M. Coetzee escreve, é a “flor suja da civilização”. É Roma sob Diocleciano. Somos nós. Os impérios, no final, decaem em regimes despóticos, assassinos e corruptos que enfim consomem a si mesmos. E nós, como Israel, agora tossimos sangue.
____________________
Chris
Hedges*,
cuja coluna é publicada às segundas-feiras em Truthdig, passou quase duas
décadas como correspondente internacional na América Central, no Oriente Médio,
na África e nos Bálcãs. Escreveu reportagens em mais de 50 países e trabalhou
para The Christian Science Monitor, National Public Radio, The
Dallas Morning News e The New York Times, para o qual foi
correspondente internacional por 15 anos.
Notas
de rodapé
[1]
Dada a vida que levam, em consequência do bloqueio e dos ataques genocidas de
Israel, os habitantes de Gaza preferem usar a expressão “campo de
extermínio”.
[2]
No original, flout, que também significa caçoar, zombar – termos mais
apropriados ao que Israel e EUA fazem com o direito
internacional.
[3]
Zonas-tampões são terras palestinas que Israel confisca para manter, entre a
linha de fronteira e Gaza (ou as vilas e cidades da Cisjordânia), uma área
vazia, de acesso proibido aos palestinos, cercada e vigiada por soldados
armados.
[4] Ver Karl
Polanyi (em inglês). Embora o trecho citado neste texto seja
interessante, é preciso manter um olhar crítico em Polanyi. Ele falhou
exatamente onde o outro Karl, o Marx, acertou. Como filósofo, Marx foi fundo na
ontologia para entender a formação da riqueza e do capital, ao passo que Polanyi
não fez senão um sobrevoo nessas mesmas questões.
Postado: vila vudu
Postado: vila vudu
O único remédio contra a ocupação é a resistência
Forças israelenses
protegidas por veículo blindado após manifestantes palestinos lançarem um
coquetel Molotov durante confrontos no centro da cidade dividida de Al-Khalil (Hebron) na Cisjordânia ocupada, em 19 de novembro de 2012.
19/11/2012, Ibrahim al-Amin (editor-chefe), Al-Akhbar (Editorial)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
“Nem
resistência, nem negociações.” Essa foi a frase-chave do emir do Qatar, Hamad bin Khalifa al-Thani em
recente visita à Faixa de Gaza. Usou a frase para insistir na urgência de
reconciliação entre todos os grupos palestinos. Foi como se dissesse a eles: o
campo da resistência de vocês não está resistindo e o campo da paz de vocês não
está negociando. Assim sendo, por que não se acertam?

Talvez
porque o Hamás é parte da Fraternidade Muçulmana, e a resistência não se inclui
entre as prioridades da organização-mãe? Teria o emir querido dizer isso?
Essa
obscura frase-chave começou a circular imediatamente depois da eclosão das
revoluções árabes. O objetivo foi induzir as forças políticas ascendentes nos
países árabes cujos ditadores foram derrubados – Egito, Tunísia e Líbia – a
adotar políticas alinhadas com o que querem os patrocinadores ocidentais e
árabes daquelas revoluções. E esses patrocinadores querem todos esses novos
governos confinados às respectivas questões domésticas.
“Nem
resistência, nem negociações” significa que os palestinos devem agir sob o
pressuposto de que a ocupação seria fato consumado; e de que não contem com
qualquer ajuda, só porque houve as revoluções. Funcionário de um dos países do
Golfo comentou, com sarcasmo, que o presidente egípcio Mohamed Mursi
provavelmente dissera ao líder do Hamás, Khaled Meshal: “Pare com isso! Não
estamos conseguindo nem dar conta das ruas egípcias! Você quer o quê?! Desista.
Suspenda o fogo e confie em Deus”.
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Adnan Mansour |
O
ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansour parecia deslocado na
reunião de ministros árabes, na véspera. Assustou os presentes, ao usar
linguajar “fora de moda” sobre boicotes e resistência. O linguajar em voga, a
fala “da moda”, veio do ministro do Exterior do Qatar, que fez uma declaração de
impotência e disse aos palestinos: "Conhecemos os limites de nossas capacidades e
de nossas posições, e em nenhum caso iremos à guerra". Isso, pouco antes das
indispensáveis juras de apoio aos resistentes da Faixa de Gaza.
“Nem
resistência, nem negociações”. A frase foi enunciada não só para justificar a
impotência, mas, também, para demarcar o real objetivo das revoluções árabes, a
saber: conseguir uma mudança no poder. Nessa linha de pensamento, o único
problema dos egípcios seria que Gamal Mubarak não cumpria os rituais da religião
e não cultivava longas barbas. Resultado inicial desastroso dos protestos de
massa no Egito foi que implantaram no poder réplicas dos antigos ditadores – só
que sem as barbas.
Trocaram-se
uns por outros assemelhados, enquanto as políticas seguem as mesmas, as
políticas econômicas seguem as mesmas, as relações com Israel não mudaram e o
papel do Egito como principal mediador entre o inimigo e o povo da Palestina
ocupada não mudou.
Os
proponentes da ideia de “nem resistência, nem negociações” cumprem um imundo
papel.
Creem
que a prioridade é esperar outras oportunidades. Dizem que não há resistência,
porque escolheram retirar-se da batalha, desautorizar a resistência e mergulhar
nas realidades da ocupação. Para defender essa posição, promovem divisões
religiosas e acusam as forças da resistência de não aspirarem à libertação como
objetivo principal.
Mas
como a avaliação feita pelo ministro de Relações Exteriores do Qatar, para quem
os árabes seriam impotentes para agir em Gaza, coaduna-se com a determinação com
que o Qatar e outros estados do Golfo continuam a armar a oposição síria e
garantir a ela apoio absoluto da mídia?
De
onde extraíram a conclusão – e será que realmente contam com que alguém
acredite? – que os palestinos não precisam também de idêntica atenção e apoio?
O
que impediria esses países de continuar a apoiar a oposição síria e, ao mesmo
tempo, de apoiar também os palestinos?
Como
um povo com tão longa tradição de lutas – sobretudo palestinos que vivem sob o
império dos governantes do Golfo – conseguirão justificar os laços com a santa
aliança dos estados do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), os EUA e a Europa
colonialista? Como os palestinos ativos na academia, na imprensa, em
instituições diplomáticas controladas pelos estados do CCG conseguirão
justificar, ante eles mesmos, tais políticas?
O
que se vê acontecer na Palestina só atesta uma coisa: a ocupação continua e
continuará. Isso implica necessariamente que a resistência continua e
continuará. A cada momento, a resistência mais comprova que tem habilidade e
capacidades para provocar impacto em Israel.
A
alternativa é obedecer. Desnecessário construir frases oblíquas sobre isso,
porque, seja o fraseado que for, o significado é sempre o mesmo:
rendição.
Postado : redecastorphoto.blogspot.com
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
ATO CONTRA O GENOCÍDIO NA PALESTINA, NO RIO DE JANEIRO

Após 8 dias de massacre, ontem foi assinado a acordo de cessar fogo, um dos itens do documento "garante" o livre acesso das pessoas e das mercadorias nas fronteiras. No entanto, durante a madrugada, o exército sionista sobrevoou a cidade de Gaza, levando
pânico e infernizando a vida da população. Há inclusive denúncias de que houve um ataque por parte de Israel, mas a imprensa não fala sobre o assunto.
Um fato novo chama a atenção: Pela primeira vez os líderes do bloco anti imperialista (Irã-Síria e Líbano) chama abertamente o envio de armas aos palestinos, e colocam em xeque-mate a posição subalterna dos poderosos e ricos países árabes do Golfo, aliados do imperialismo e do sionismo, que não só não ajudam os palestinos na luta por uma Palestina Livre, como colaboram na formação e na manutenção dos exércitos mercenários fundamentalistas, a serviço do imperialismo.